![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5NZrhI8o7eoSeFoVtV6JPOLtXkLJuMTlGdhTnAXk8GsrAgqU6Zslq843sto4ky6CWGvcRxEfLNxJJt1QvHfRyftdCoxnhRUPbJAiGo4q3GtjtBFakH3OFXt_MKFeg8ax73qF_xB9TCI4/s400/analista.jpg)
Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.
— Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.
— O senhor quer que eu deite logo no divã?
— Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.
— Certo, certo. Eu...
— Aceita um mate?
— Um quê? Ah, não. Obrigado.
— Pos desembucha.
— Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?
— Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.
— Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe
— Outro.
— Outro?
— Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.
— E o senhor acha...
— Eu acho uma pôca vergonha.
— Mas...
— Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!
Luis Fernando Verissimo.
3 comentarios:
los abrazos y saludos de siempre, señora.
=]
Felipe:
casi publicamos al mismo tiempo, ja, ja, ja, así que Juceca se me entreveró con Verissimo.
Me encantó tu cuento.
Abrazos materos, joven :)
PD)¿se puede saber cómo va tu vida?
Queremos más historias del analista de bombachas y alpargatas...
Y hablando de alpargatas, ¿alguno de ustedes dos tiene la "Oda a la alpargata"?
Me alegro que Felipe haya dejado de dirigir a Portugal y vuelva a escribir en Mateleo.
Buen año.
Fernando
Publicar un comentario